quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

intelectuais e partidos

É muito difícil a convivência de intelectuais e artistas nos partidos políticos. Tenho, ia dizer suportado achei exagerado, -tenho vivido esse dilema há algum tempo. Políticos profissionais agem de forma corporativa, com filas de adesões, cada líder com sua turma e sua fidelidade ao chefe. Se o chefe sobe, sobem alguns da fila. Se o chefe cai, caem alguns, o chefe sempre ajeita vagas com outros chefes mais ou menos amigos. Intelectuais e artistas servem, assim, de buchas de canhão. Enaltecidos nos discursos, nas publicações, usados nas eleições. O problema para mim é a crença de que sozinho menos ainda posso fazer. Mas o fazer que ando fazendo tem se tornado uma carga pesada, com desgastes perigosos para minha carreira e minha própria independência intelectual e artística. Por exemplo, pus minha cara para bater em carta ao meio cultural contra a adesão à candidata Dilma, - e afirmei que assinaria um documento pró-Serra. Muitos e muitos amigos se manifestaram, respeitaram minha posição e decisão mas, em contatos pessoais alertavam para a excessiva coragem que poderia me prejudicar e muito na carreira. Afinal, sou cineasta, essa é a paixão primeira. Pois bem, nenhuma palavra de agradecimento de quem quer que seja, nenhum comentário positivo, nem um toque do próprio José Serra ( o que, aliás, é seu "jeito de ser", me dizem outros amigos). Isso me coloca então uma questão a ser resolvida. Tenho feito o que posso pelo partido que apoio, por ter acreditado em sua mínima ligação com meu passado pcbista. Mas vejo que essa ligação é tênue demais.
Valerá a pena tanto desgaste?
Ou,-com meu espaço próprio, meu nome. minha história-, vale mais a pena ser outsider e manter mais vivo ainda meu espírito crítico?^
Eis a questão

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

socialismo? -2

REPERCUTIU BEM A OUSADIA DE MEU TEXTO NA POSTAGEM ANTERIOR.
A idéia é propor que o Estado Brasileiro saia da inércia quanto aos bolsões terríveis de miséria nas grandes cidades e se adiante ao capitalismo, incentivando e mesmo criando ( sozinho ou em parcerias) polos de desenvolvimento nessas regiões e não só serviços( que continuarão sendo essenciais, mas não geram desenvolvimento NEM EMPREGOS).
iMAGINO EMCAMPAR ÁREAS DENTRO DAS FAVELAS E IMPLANTAR INDÚSTRIAS, COMÉRCIOS, ATIVIDADES BOAS GERADORAS DE EMPREGOS.
vEJAM A POSTAGEM ANTERIOR.