terça-feira, 25 de junho de 2013

Facebook/vários entre 20 e 25Jun13

Atenção: NÃO SE GOVERNA PARA O PASSADO, MAS PARA O PRESENTE E O FUTURO!!!!!!!!!!- De nada adianta repisar o que pretensamente ou realmente já se fez, ainda por cima com tanta manipulação que ninguém mais sabe o que é verdade e o que é pura tapeação e vontade de substituir a realidade pelos desejos. As eleições de 2014 podem ser um fator importantíssimo no encaminhamento da política brasileira. Partidos hão de lutar para se mostrarem dignos da opinião pública. Uns com manipulações, devaneios e, quem sabe, - outros com propostas reais de mudanças!!- O desafio para os partidos do governo é buscar saídas para a saia justa em que se encontram. Para a oposição a chance enorme de mostrarem aos brasileiros que podem superar essas críticas e, sem negar o passado, capazes de ajudar a construir um novo Brasil.

O que vi ontem, na reunião apressada organizada pelo governo. Dilma com a cara de fim de festa. E a oposição sem saber exatamente qual seria o bolo a dividir. Pois se toda a política está sendo questionada, pior, mas muito pior, para quem está no comando da federação. Federação, aliás, que há muito não existe, com o poder e as verbas concentradas no Governo federal. Governo Federal que comanda tudo, inclusive o Congresso e os partidos e ainda tenta dominar a Justiça. É uma encruzilhada perigosa. Mesmo que as ruas agora se esvaziassem, os manifestantes sumissem, o estrago já está feito, como um desafio imenso. Contraditoriamente tenho dito aqui que a hora é justamente dos partidos, dos políticos, que não podem ficar assistindo a essa débacle passivos, magoados, irados ou fatalisticos. Que agitem o Congresso Nacional, aprovem alí uma reforma Política, forcem a criação de uma pauta positiva e dinâmica. Até mesmo para que haja tempo de mudanças até outubro, para que tenhamos eleições melhores em 2014.



1-Percebo que vem aí as assembleias. Quem sabe, esparramadas por todo país, possam permitir o amadurecimento dessas manifestações, se realizadas descentralizadas, portanto com número relativamente pequeno de pessoas e sem intenção de determinar rumos, mas de sugerir a todos, buscando novos consensos. 

2- Se as manifestações demonstram não confiar nos partidos, cabe aos partidos não brigar com a opinião 
pública, mas agir no sentido de mostrar que partidos são importantes e capazes de conduzir a politica brasileira para a renovação e a eficiência que se cobra deles, incorporando propostas e criando novas pautas para o Congresso e todas as instâncias públicas dessa nossa democracia que queremos a cada dia mais aberta, ampla, geral, irrestrita.

Nenhum partido e nem um pré-candidato tem direito a tentar se apoderar ou dominar essas manifestações. O lugar dos partidos agora é o Congresso Nacional, onde tramitam projetos absurdos tipo "cura gay", restrição à criação de novos partidos, restrições ao STF e a PEC do Ministério Público". Pré candidatos podem sim, avançar a luta democrática, assumir bandeiras que estão na rua e levar seus partidos a agirem JÁ no Congresso Nacional. Não basta a adesão no discurso, é preciso que ajam, que tornem a politica uma atividade capaz de fazer avançar a democracia brasileira e superar os graves problemas enfrentados hoje e que compoem as bandeiras de lutas das ruas.

Sou contra bandeiras do tipo "Fora Dilma". É preciso respeitar os princípios da democracia para avançar e não para retroceder. A democracia tem é que funcionar!



O que é inaceitável: criar obstáculos para novos partidos\ fazer terrorismo para intimidar manifestantes, como "golpe de estado", " estão entregando o país para a direita", etc.etc.\ tentar dominar o judiciário, criando problemas para o STF e Ministério Público\ manipular informações sobre investimentos, etc.\ manipular dados da inflação\ reprimir movimentos pacíficos\ deixar marginais agirem livremente na rabeira das manifestações\ travar a pauta do Congresso com medidas provisórias\ HÁ MUITA COISA A ACRESCENTAR NESSA CARTILHA DO QUE É INACEITÁVEL. E é preciso uma cartilha do que se deve fazer a partir de agora, respeitando o movimento e aproveitando sua força e apoio popular para reconstrução de uma nova pauta política incluindo a reforma partidária e um projeto ousado para a educação, com mais verbas e real empenho na busca de novos caminhos. O Movimento deve pressionar os políticos a agirem e acompanhar tudo sem se desmobilizar.


As redes sociais não escapam à realidade brasileira. Que formação politica terrível nesses anos pós-ditadura! -- Sinceramente revelo que fiquei atormentado com o nível de xiitismo e de manipulação de informações, terrorismo mesmo, que tomaram essas páginas que deveriam ser de um diálogo aberto entre nós, cidadãos brasileiros. Vou me retirar um tempo. É hora de escutar menos as paixões ideológicas e refletir mais nas rodas livres de pensamento de quem procura entender, não se defender ou destruir os que pensam diferente. Estarei aqui eventualmente falando de meu trabalho, de meus filmes, de meus livros. Até breve!

sábado, 22 de junho de 2013

poema de desconforto

Facebook 22Jun13

Quando o que te atormenta não é a dor
Quando teus olhos buscam a escuridão
Quando tua boca arde de tanta sede
Quando o desejo te abandona

Quando teu corpo se rebela contra o tempo
Quando até amigos ocultam suas verdades
Quando toda mentira vem a tona
Quando te sentes na solidão do vento

Quando o abandono enfurece as ruas
Quando descobres que as ruas tem donos
Quando a busca revela o desencontro
Quando os donos te oferecem sonhos
Quando os sonhos te apedrejam

Quando o que te dão exige mais que respeito
Quando o que te pedem é a própria vida
Quando te dizem tua vontade é minha
Quando ser livre é um destempero

Quando ages por teu próprio desejo
Quando fazendo assim mais que ofendes
Quando as ruas tem seus donos
Quando o que te pedem é que obedeças

terrorismo pelas redes sociais

As redes sociais não escapam à realidade brasileira. Que formação politica terrível nesses anos pós-ditadura! -- Sinceramente revelo que fiquei atormentado com o nível de xiitismo e de manipulação de informações, terrorismo mesmo, que tomaram essas páginas que deveriam ser de um diálogo aberto entre nós, cidadãos brasileiros. Vou me retirar um tempo. É hora de escutar menos as paixões ideológicas e refletir mais nas rodas livres de pensamento de quem procura entender, não se defender ou destruir os que pensam diferente. Estarei aqui eventualmente falando de meu trabalho, de meus filmes, de meus livros. Até breve!

Refiro-me à quantidade de mensagens marcadamente terroristas, culpando os manifestantes por um golpe de estado, volta da ditadura. O PT, como partido de origem na esquerda, em vez de procurar se redirecionar e ganhar o movimento pela ação no governo ( POIS É GOVERNO, JUSTAMENTE O GOVERNO QUE ESTÁ SENDO CRITICADO NAS RUAS!!!!) age como torcidas de futeboil quando seu time perde para um time rival: agride! E segue a trilha amaldiçoada da esquerda nos paises do chamado socialismo real, identificando o estado com o partido e seguindo a máxima preferida das ditaduras: "quem não está comigo está contra a nação".

quinta-feira, 20 de junho de 2013

Passeata da Vitória

Acabo de chegar em casa, voltando da Avenida Paulista, onde estive filmando. Um tanto pela paixão ao cinema outro tanto pela política. Paixões que me tomaram há cinquenta anos, desde 63, onde me tornei lider estudantil, militante político e, ao mesmo tempo em que comecei a filmar, inclusive as passeatas. Hoje tudo parecia tranquilo, cada um levando seu cartaz com a palavra de ordem de sua preferência. Desde "fora Feliciano" até " mais verbas para educação", fora fulano, fora sicrano, etc, um emaranhado democrático de palavras de ordem. O clima esquentou quando entraram militantes do PT com suas bandeiras vermelhas. O tumulto foi crescendo até se tornar quase uma guerra. nenhum outro partido levou bandeiras. Vi lá gente do PSOL, do PSTU, do PPS, do PSDB, do PV mas nenhum com bandeira. E é preciso dizer, a Paulista estrava tomada por uma multidão, dezenas e dezenas de milhares de pessoas. Comemoro assim meus 50 anos de cinema e esse novo Brasil que espero esteja surgindo nesse momento confuso. 

Vandalismo e vitória nas ruas

Passeatas. Vandalismo revelam esse outro lado da realidade brasileira: uma sociedade desestruturada e a mercê de decisões que mais levam em conta os interesses das corporações do que os desejos da população. Há quanto tempo se fala da miséria na saúde, nos transportes (caos nas ruas e nas estradas), na educação (deus me livre) e até na ética? Fico estarrecido com a falta de cerimônia de um deputado como o Feliciano fazendo aprovar uma coisa tão absurda como esse "cura-gays", um verdadeiro acinte, uma provocação a essas centenas de milhares de pessoas que se manifestam nas ruas exigindo um país melhor, mais justo, mais ético. E vou dizer, se fosse só o Feliciano estaríamos bem. Mas não. Minha geração, com adolescência nos anos 50, acreditou e lutou emocionada pelo projeto de modernização do país, fomos tomados pela esperança, pelo sorriso de Juscelino Kubistchek (JK), pela superação da ideia de um país atrasado, adormecido, jeca. Fomos para a rua contra o golpe de 61 (renúncia enganosa e golpista de Jânio) e fomos para a rua defendendo as reformas de base, inclusive a universitária, já que acreditávamos que a universidade era elitista. Dessa crença nasceu uma nova cultura brasileira, urbana, como a bossa nova, o cinema novo, o teatro novo, mudando a imagem do país. Claro, no meio do caminho tinha uma pedra e essa pedra foi 21 anos de ditadura que arruinou esse processo. O resultado dessa desastrosa intervenção militar é o que vemos hoje: o mundo da política desacreditado, corporativista, herdeiro do oportunismo dos que aderiram à ditadura (e também dos que julgaram que a democratização jogava a nação inerme em seu colo). E e voltado para interesses menores, um país desestruturado onde tudo é promessa e delas vive a política. Um país onde a federação foi jogada no lixo junto com os gastos milionários em idiotices que só interessavam eleitoralmente. O movimento das ruas precisa enriquecer seu ideário, garantir que as idéias de superação continuem a atrair milhares para o movimento. E que ajudem a população a melhores escolhas em 2014.

quarta-feira, 19 de junho de 2013

Dramaticidade nas passeatas

Facebook 19Jun13
Manifestações: Uma das coisas mais dramáticas que já vi, jovens se colocando como barreira entre a multidão e a prefeitura, tentando impedir a ação dos vândalos. A loucura daquelas pessoas violentas prenunciava um desfecho trágico, envolvendo dezenas de milhares de pessoas. É preciso exaltar a coragem daqueles jovens que conseguiram conter a fúria. Uma coragem física, expondo seus corpos à violência e uma coragem política, assumindo uma posição de coerência do movimento. Por outro lado isso reforça a preocupação com mobilizações feitas pelas redes sociais, onde falta organização. Enalteço aqui também a preocupação das lideranças em não matizar o movimento com partidos políticos, sempre os mesmos, mínimos, inexpressivos, tirando casquinha do movimento social. Mas tenho uma crítica: essa preocupação não deve levar o movimento a uma postura anti-política, seria uma incongruência

domingo, 16 de junho de 2013

Os eleitos

No Facebook dia 16\jun\13

ESTRANHANDO O MUNDO

A quem serve o mito do artista?
Serve a quem o mitifica
Palavras seletivas ferem como escolhas
Semeiam desejos de ser eleito
A quem serve essas palavras tão meigas
Que dirigem seu afeto ao outro
E pedem que aceites?
A quem servem os mitos, os eleitos?
Curva-te perante os deuses
Ajoelha sob tais palavras tão belas
E sorrisos tão insinuantes!
Em vão miras os que te miram
Se não és o eleito
A quem servem os mitos?
Artistas mortos oferecem as alças de seus caixões
Para que os falsos poetas os carreguem para sempre

Optortunismo

também é demais: PT condena Governo de SP pela violência da polícia. Vai condenar também governo do Rio e de Brasília, ligados ao PT? - E tudo isso depois de o Ministro da Justiça ter declarado apoio ao Governo de Sp "contra a baderna e a destruição de patrimônio público" e da condenação do próprio prefeito de SP dessa s ações de depredação?
Não fico contente com nenhuma repressão, mas tentativa de manipular os fatos e usá-los dentro da disputa eleitoral é intolerável.
Tenho simpatia por esses jovens, mas nutro a preocupação com essa facilidade com que tudo isso pode ser manipulado nesse momento de intensa disputa eleitoral. É preciso estar atento...
Vejam texto em minha página https://www.facebook.com/andrade.jb

Passeatas e perigos políticos

Passeatas: Os jovens que agitam a cidade com esses movimentos agitam também nossa consciência e exigem de nós reflexões mais profundas. Tenho tentado fazer isso nesse espaço democrático das redes, as mesmas redes que propiciaram a eclosão desses movimentos. Movimentos independentes, desorganizados podem se tornar um problema para todos, inclusive para seus convocadores. Sou cineasta e não posso me esquecer da lição do cinema do polonês Istvan Szabo com seus filmes "Mefisto" e "Hanussen", onde os personagens tentam agir junto à politica imaginando que sairia ileso das determinações da política. Em Mefisto o ator achando que servindo ao poder terá o poder a seu serviço. Hanunssen acreditando que pode fazer politica independente ( exercer independentemente seu carisma) quando o poder vai sendo conquistado pelo carisma de Hitler. O poder fará deo ator uma bucha vazia e exigirá de Hanussen o reconhecimento de que na Alemanha só havia o lugar para UM carisma!
Quero dizer que em meio a essa crescente disputa política é difícil escapar de estar ou de servir a um lado dessa equação. Isso exigiria dos líderes um esforço muito grande de organização e uma severa consci~encia política. Tudo pode ser, tudo pode acontecer, mas nada será fácil e os perigos são tantos quanto a alegria de participar.

sexta-feira, 14 de junho de 2013

Passeatas, enganos e violência

Passeatas. Jovens muitas vezes se manifestam mais por instinto do que levadas por causas menores como o pequeno aumento das passagens ou o projeto de remodelação da Praça projeto de remodelação da Praça Taksim. Para o Brasil, arrisco: Há um cansaço na sociedade de se ver substituída pelo governo e por um partido. Há uma década que os movimentos sociais murcharam e as lideranças se tornaram governo. O governo substituiu o movimento social, incluindo aqui o movimento estudantil. O descontrole governamental sobre esse movimento de agora pode mostrar esse cansaço, o desejo de vida própria, a insatisfação com os resultados e a própria ideia de "substituição".