segunda-feira, 25 de abril de 2016

Poema ÀS VEZES


ÀS VEZES
Sou parte do mundo
Cisco ínfimo desse infinito todo
Espanto tanto na chegada
Quanto na partida.
Sou eu como um todo
Pedaço de carne e ossos
Amaciado com gorduras e cartilagens
Que o olhar caído denuncia a todo instante
Sou parte do mundo
Por isso penso, escrevo, filmo
Por isso amo e erro tanto
Por isso ora maldigo
Ora me emocionam o amor
E o olhar amigo.
Sou parte sim
E nesse mundo sou tão torto
Quanto as torturas do mundo
Onde os sentidos se embaralham
E a memória me emociona.
(JBA, improviso de 25/abril/2016

Poema 2012


Nem tudo que piso/é chão/ Nem tudo que ouço/é som/Nem tudo que quero/ é bom
Nem toda vida/ é boa/Nem toda dor/é atôa/Nem toda esperança é vã/Nem toda luta/é justa/
Caminho devagar, contendo a febre e o desejo/Deito-me depois, as mãos sobre o peito/rezo o pouco que me lembro/ Sinto-me bem, esticado sobre o confortável leito.
De manhã esqueço tudo e bendigo a vida/o sol que me invade os olhos/iluminando a loucura que me arde o peito.
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7 comentários
Comentários
Neusa Felipe Aii João, que lindo!!!
De Boaz OLHA; REALMENTE, INSPIRAÇÃO É TUDO NÉ??
João Batista de Andrade Amilcar: sou autor, claro. São improvisos que faço aqui no FB
David Leroy Continue poetando, Poeta João! estou gostando...
Elizabeth Lopes Parro João adorei ti encontrar !!!bj
Claude Martin Vaskou Gostei deste poema para començar a semana.Obtigado.
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quinta-feira, 14 de abril de 2016

Desentendimentos

14 Abril 2016

Toda pedra que se atira
Voa
Todo pássaro em que se atira
Ou foge ou cai
Todo o pensamento se embrulha
Feito pão em padaria.
Nem sempre vale sua farinha

Vejo loucuras infinitas
E loucos que se acusam da loucura!
Imagens distorcidas
Composições manipuladas,
Informações ferinas e mentirosas
Feitas para o desentendimento.

Gritos ecoam feito balas
No fétido ar em que se respiram
Restos de demência em pessoas
Que sempre pareceram tão normais!
Enquanto isso lâminas cavam a terra
Criando o abismo que nos separa.

Todo pensamento voa
Toda pedra singra o mar demente
Todos os alvos sangram
Todo o sangue nos mancharia para sempre.

JBA

terça-feira, 12 de abril de 2016

Inútil praça de guerra

12Abril2016


Parecia inútil fugir
Da imensa guerra
Que a tudo consumia.

Parecia inútil.

Nem eram gigantes
Fortes, valentes, eficazes
Nem medo impingiam
Já que tudo era sim, tão inútil
E as impressões, infelizes.

Tudo tão inútil
Poça de imensa pena
De tudo que nos consumia.

Parecia inútil fugir
Tudo tão inútil.


sexta-feira, 8 de abril de 2016

Poema 2 anos atrás




Sem caminho\ mergulho no redemunho\Sem voz\cantarolo velha música\Sem vontade\atiço o fogo com a palha\Desconfio de tudo\desminto o que sinto\Descubro logo\que estou preso ao meu destino\Nada me salvará desse inesperado caminho\Nem há porta de entrada\nem janela de saída\Levo comigo algumas sementes\encontrando alguma terra\ hei de plantar.


JBA 08Abril2014
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10 comentários
Comentários
Luis Avelima Tá bom pra musicar. Belo.
Amair Campos Bom dia, JBA! Que a terra seja boa e a colheita farta.
Pedro Lacerda Boa semente, boa colheita.
Neusa Felipe Nossa, João, lindo d+. Continue plantando sempre. Vc é muito bom nisto. Suas sementes são ótimas. Bom dia a vc.
Mazé Alves ops Planta em Goiásd
Renata Pallottini Poeta, mais otimismo! Sabemos que a vida é dura mesmo!
João Batista de Andrade Otimista nunca sou, mas vou atrás do que quero, sempre.