quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

elogio tocante

Facebook 29Jan14

Lana de Oliveira
Oi João, passei aqui para falar que assisti sua entrevista no programa Zootropo, e adorei. Não é confete, é um reconhecimento e gratidão por tudo que você já fez e faz pelo cinema, documentários importantes para a memória de nossa história e a cultura de nossa terra. Sem falar de seus livros. Bom, agora falta conhecer pelo menos um de seus desenhos.O dia que você se sentir a vontade coloque no mural para conhecermos. Parabéns João, carreira e trajetória de vida linda. Até mais, e um abraço enorme.

sábado, 25 de janeiro de 2014

poeminha

Facebook 24Jan14

CHEGA

Sob a pesada chuva
Abro a cabeça expondo o cérebro quente
Sim, é fria, a água é fria, é fria
Os músculos doem, 
Os braços enrijecidos dizem não
Aos apelos de minha racionalidade

Chega de beber tanto fogo
Lava feita de berros e sussurros
Chumbo derretido goela abaixo
A vida inteira

Chega, chega, chega!

Cessada a chuva
Todos erguem seus olhares para o alto
Agradecidos por tanta misericórdia:
Foram poucos os mortos
E poucas as casas destruídas pelas águas
E eu, pensa cada um, estou aqui feliz
Seco e inteiro, inteiro e seco.

A caixa craniana se fecha por encanto
Ouço o zipar sonoro do velho ziper
E meu cérebro teimoso ferve, ferve
Ferve feito carro velho na subida.

Ah, chega, chega, chega!

(JBA 24jan2014)

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

curiosidade no facebook

17Jan2014



Montezuma Cruz mencionou você em um comentário.
Montezuma escreveu: "Penso que Rondônia já acumulou tempo de pelejas da cidadania contra os que lhe assaltam a paciência. Quem sabe Spielberg, João Batista de Andrade, Cacá Diegues, Costa Gravas, sob a inspiração de Glauber Rocha, Lima Barreto e outros valorosos, possam filmar "Os últimos mafiosos". Últimos mesmo, a gente espera. Chega de embromação, promessas não cumpridas, safadezas de todos os naipes! Há raposas políticas que enganam a si próprios, ao acreditarem que o povo é eternamente bobo e com poucas reações aos malfeitos. Joao Teixeira de Souza Lúcio AlbuquerqueWania Ressutti Maria Inês Baptista da Silva Maria Inês Migliaccio Luiz Leite de Oliveira Manuel CoelhoLuiza Archanjo Heloiza Helena Entringer Pereira Heloisa Helena Floriani Ronchetti Pedro Origa NetoStanislau Brito Simões de Oliveira Marcos Sóter Marcos Santilli Franco Vialetto Jose Fernandes BarrosMara Paraguassu"

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Confinados

Facebook 15Jan2014


Rogério Brasil Ferrari Acabo de terminar de ler... com dois corações: um aquecido pela autenticidade da prosa vibrante e riqueza dimensional dos personagens, outro gelado pela falta de perspectivas nesse painel contemporâneo, cruel e verdadeiro, no qual parece que realmente caminhamos para a borda do mundo, prestes a despencar no nada.

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

resenha "Confinados"

(Em: http://www.recantodasletras.com.br/resenhasdelivros/4591918)

Confinados - Memórias de um tempo sem saída de João Batista de Andrade

Você ousaria de classificar “Les Misérables” de Vitor Hugo como ficção? E Cronin um autor de romances?
É, nada mais fiel aos fatos que uma ficção. Só nela é possível biografar o cidadão comum que não dispertaria a luta entre biografos autorizados ou não.
O Romance “Confinados - Memórias de um tempo sem saída” do escritor brasileiro João Batista de Andrade, pela editora Prumo, usa deste artifício para biografar personagens e cidades sem nomeá-las.
A história se passa numa cidade tomada por ataques do crime organizado, semelhantes aos que aconteceram em 2006  e o estado de confinamento de alguns personagens, situações e coisas.
As formas e intensidades dos confinamentos são diversas e mudam no correr de 192 paginas escritas em um Português impecável, até mesmo quando transcrevendo a fala do cidadão comum.
A leitura é tensa, incomoda, não usa eufemismos com o que é feio por natureza. Os personagens são nomeados por seus apelidos, abreviaturas ou pelo primeiro nome. Suas vidas não tem valor, sua identidade está cortada.
Mas você os identificará de seu cotidiano e poderá chamá-los e pintá-los com as cores que a historia de confinamento do leitor puder dar.
O metalinguistico livro vai num crescendo de confinamento, onde o único personagem que goza de certa liberdade neste estado de coisas passa a abir mão e querer se confinar, ao questionar esta liberdade.
Todos os conceitos são postos a prova, dos valores das coisas, das imagens, das reproduções, dos originais, das leituras, das informações, da família, da religião, do academico impotente ao final trágico que se aproxima.
Mas a sensualidade da moça, pode, como um deus, dar um fio de esperança.
Ironicamente um livro que trata de confinamento, de uma forma até metalinguistica, dá ao leitor a possibilidade de interferir na história e fazer sua própria releitura.
Um livro com simbolismos e linguagem crua e atual. Um livro genial com final surpreendente.
Samuel Bin
Enviado por Samuel Bin em 29/11/2013
Reeditado em 05/12/2013
Código do texto: T4591918
Classificação de conteúdo: seguro

domingo, 5 de janeiro de 2014

Chuva

Facebook 05Jan2014

Chove.
Não sei bem por que, a chuva me emociona.
Troco o computador pela janela.
De certa forma vejo os fios de chuva em plongée, do sexto andar de meu prédio.
Fios bonitos, uma contra-luz que ilumina os fios com o reflexo do asfalto molhado.
Brilham, incessantes, poéticos.
Fecho os olhos, - o que me emocionará mais do que a luz?
O som...
Sem a luz já não há mais prédios, nem asfalto.
Nada mais que o som amoroso da chuva, de tantos fios que agora só imagino.
Sinto-me feliz.
Engraçada minha inocência, pensar em fios que nem vejo...
Alguém ordenha uma pesada nuvem, infinitas tetas...
Sim, são gotas em viagem voluptuosa rumo ao chão.
Dezenas, milhares, milhões, bilhões de gotas, criando os fios de cabelo de muitas deusas para depois se transformarem em enxurradas, córregos, rios em que navego nu, indefeso, levado por minha imaginação delirante.
Abro os olhos, feliz, posso agora ver e ouvir.
Chuva, xuva, chuuuvvvvvva, xxxxu....chuva......xxxxuuuuu....

sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

O escritor

Facebook 02Jan2013


O escritor é um garimpeiro em garimpo esgotado. Nada ali parece lhe servir, já que o que procura não é a pedra preciosa. Quanto mais cava mais enterra seu coração. Quanto mais cascalho mas agonia de se ver perdido entre tantas pedras simples, pedras para quem basta o viver. Quanto mais busca percebe o escritor que não sabe o que está buscando. Debaixo da água ou sob a montanha de cascalho inútil, pulsa o coração querendo falar das coisas que o inquietam e, quem sabe, do mundo.