ACHO ABSURDO ISSO
Do Edital do BNDES.
É difícil brigar com possíveis patrocinadores. Mas parece que não tem jeito.
Logo abaixo, minha opinião, só uma opinião de um cineasta brasileiro:
Texto do Edital:
Os projetos dos gêneros Ficção e Animação deverão estar classificados em 2 (dois) Grupos, da forma a seguir:
Grupo I – projetos que priorizem a busca de resultados econômicos sem prejuízo da observância da qualidade artística e técnica.
ou
Grupo II – projetos que priorizem a busca de reconhecimento artístico e técnico no mercado internacional, sem prejuízo da observância do equilíbrio econômico.
Os critérios de seleção para cada um dos grupos está descrito no item 5 adiante (“Critérios de Seleção”) e a opção pela classificação do Projeto será feita pela Proponente no momento da inscrição.
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O valor total do investimento a ser realizado pelo BNDES nos projetos selecionados obedecerá aos seguintes limites máximos:
I - em projetos do gênero Ficção e Animação:
a) R$ 7.000.000,00 (sete milhões de reais) para projetos do Grupo I;
b) R$ 5.000.000,00 (cinco milhões de reais) para projetos do Grupo II.
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O valor do investimento a ser realizado pelo BNDES nos projetos selecionados obedecerá aos seguintes limites máximos individuais:
I - em projetos do gênero Ficção e Animação:
a) R$ 1.500.000,00 (um milhão e quinhentos mil reais) na categoria Produção do Grupo I;
b) R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais) na categoria Produção do Grupo II;
Minha opinião:
Sempre fui contra criação de guetos, desde a Embrafilme: o tempo todo tentavam criar a divisão entre "cinema comercial" e "cinema autoral"
Seria possivel perguntar então por que não destinar todos os recursos para o cinema autoral, já que esse definitivamente não tem recursos.
Vejo que governo, com suas entidades e empresas, brinca de fazer política de cinema.
Quando o setor se movimenta, respondem assim, sem maiores responsabilidades, de forma grosseira.
"prestígio internacional"!!!
Quem disse que "ser autor" é procurar p´restígio internacional?????
E quem disse que autor não quer também sucesso na bilheteria?
E quem disse que os filmes escolhidos, nos últimos anos como "comerciais" fizeram bilheteria?
Ora bolas.
O que nós queriamos e acho que queremos é uma política ampla, responsável, que garanta uma grande diversidade da produção e que agregue a tradição, a experiência, a experimentação e também o negócio. Queremos que os investimentos incentivem todos os projetos pelo seu valor próprio, que apostemos na criatividade, na vocação. E que, paralelamente, haja muito investimento na distribuição e na ampliação da rede de exibição no país.
Eu pelo menos não quero ser cidadão de segunda classe, como tenta o BNDES
Em tempo: Ouvi muito um comentário: BNDES é difícil demais, nem vale a pena, se o projeto não é comercial, se seu filme anterior não foi bem de bilheteria.. Acho um absurdo esse comentário e absurdo maior a possibilidade grande dessa frase revelar uma verdade.
É um desrespeito.
Se quiserem bancar "cinema comercial" por ser comercial, abram uma carteira de financiamento ou então invistam nesses filmes, como associados!- e ganhem seu dinheirinho com eles!
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