sábado, 24 de janeiro de 2015

poema SILÊNCIO


24Jan2014

SILÊNCIO

São tantas as incertezas
Cercam nossas aldeias e vidas
Animais ferozes e rugidos
Tantos quanto sejam precisos

São tão grandes as sombras
Escapam do Paraíso, perdidos
Feito corpos de guerra, feridos
Em busca de seus demônios

São tão agudos nossos gritos
Em parte por serem fingidos
Já que todo ser vivo quando nasce
Sabe que os dias serão sofridos

São tão poucas as alegrias
O riso se vende como tesouro
O brilho volátil do ouro
Uns poucos possuem o de todos

São tão raras as palavras
Embora tantas peçam saída
Prisioneiras de todos os medos
Emboladas nos cérebros intumescidos

São tão poucas nossas certezas
Cobertas por ferozes rugidos
Cercam nossos  desejos
Sonhos não são mais precisos











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