Boa indicação de Marcia Tiburi no Twitter (04Set13)
SOBRE Th ADORNO:
De acordo com o filósofo, não há nada melhor no exercício da escrita do que manter, a cada idéia, a cada vocábulo, uma "insistência desconfiada". A atenção de quem escreve deveria voltar-se aos objetivos que pretende alcançar e, simultaneamente, à sua própria maneira de ver o real, tendo a humildade de reconhecer que "não é fácil distinguir sem maiores considerações entre a vontade de escrever de maneira densa e adequada à profundidade do objeto, a tentação de ser incomum e o desmazelo pretensioso". Para Adorno, a "força" e a "plenitude" da técnica de escrever "beneficiam-se precisamente dos pensamentos reprimidos".
Todo esse esforço não tem por finalidade apenas construir algo agradável, mas um conjunto de idéias relevantes e profundas: "(...) Quem não quer fazer concessão alguma à estupidez do senso comum, tem que se precaver para não enfeitar estilisticamente pensamentos em si mesmo banais."
Recomenda que o escritor deve ser tímido e deve aventurar-se, buscar a originalidade de seus pensamentos e da forma de expressá-los. Em um mundo degradado pelo poder econômico, no qual as ideologias exercem uma força sobre os homens e "a mentira soa como verdade e a verdade como mentira" (fragmento 71), o escritor não deve temer a constatação de que ele é um sobrevivente encurralado por forças que mercantilizam a cultura e todas as relações sociais.
Pelo fato de a inocência ter sido banida de todas as relações é que o bom texto deve preservar as qualidades de um mundo marcado pela lucidez e pela beleza. O gesto de escrever, de olharmos nossa própria imagem refletida nas palavras, não deve admitir qualquer concessão à facilidade, mesmo correndo o risco de nos tornarmos incompreendidos.
Para Adorno "o talento talvez nada mais seja do que a fúria sublimada de um modo feliz" (fragmento 72).
SOBRE Th ADORNO:
De acordo com o filósofo, não há nada melhor no exercício da escrita do que manter, a cada idéia, a cada vocábulo, uma "insistência desconfiada". A atenção de quem escreve deveria voltar-se aos objetivos que pretende alcançar e, simultaneamente, à sua própria maneira de ver o real, tendo a humildade de reconhecer que "não é fácil distinguir sem maiores considerações entre a vontade de escrever de maneira densa e adequada à profundidade do objeto, a tentação de ser incomum e o desmazelo pretensioso". Para Adorno, a "força" e a "plenitude" da técnica de escrever "beneficiam-se precisamente dos pensamentos reprimidos".
Todo esse esforço não tem por finalidade apenas construir algo agradável, mas um conjunto de idéias relevantes e profundas: "(...) Quem não quer fazer concessão alguma à estupidez do senso comum, tem que se precaver para não enfeitar estilisticamente pensamentos em si mesmo banais."
Recomenda que o escritor deve ser tímido e deve aventurar-se, buscar a originalidade de seus pensamentos e da forma de expressá-los. Em um mundo degradado pelo poder econômico, no qual as ideologias exercem uma força sobre os homens e "a mentira soa como verdade e a verdade como mentira" (fragmento 71), o escritor não deve temer a constatação de que ele é um sobrevivente encurralado por forças que mercantilizam a cultura e todas as relações sociais.
Pelo fato de a inocência ter sido banida de todas as relações é que o bom texto deve preservar as qualidades de um mundo marcado pela lucidez e pela beleza. O gesto de escrever, de olharmos nossa própria imagem refletida nas palavras, não deve admitir qualquer concessão à facilidade, mesmo correndo o risco de nos tornarmos incompreendidos.
Para Adorno "o talento talvez nada mais seja do que a fúria sublimada de um modo feliz" (fragmento 72).
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