23:24HS DE 11Jul2016
14 JULIET 2016
Ouço de ruas plácidas
O sinal sonoro, desejo e sina
Da anarquia
Respiro o cheiro doce de sangue humano
14 JULIET 2016
Ouço de ruas plácidas
O sinal sonoro, desejo e sina
Da anarquia
Respiro o cheiro doce de sangue humano
DO CHÃO, ARRASTANDO-SE COMO VERMES
ARRANCANDO PEDAÇOS DE MINHA CARNE CRUA
SALTAM BOCAS PINTADAS DE VERMELHO E PRETO
EM ESTRANHA FANTASIA
PENSO NA FOME, NA MISÉRIA E NA GUERRA
DIAS E NOITES NESSA TRAVESSIA
QUE POVOA MINHA VIDA E OS SONHOS
ERGO OS OLHOS E PERGUNTO
PENSO NA FOME, NA MISÉRIA E NA GUERRA
DIAS E NOITES NESSA TRAVESSIA
QUE POVOA MINHA VIDA E OS SONHOS
ERGO OS OLHOS E PERGUNTO
O QUE FAZER
QUANDO O DESENTENDIMENTO É O PRATO DO DIA
QUANDO O DESENTENDIMENTO É O PRATO DO DIA
CUSPO ENTÃO PARA O ALTO, CALCULANDO CURVAS GRAVITACIONAIS
DE FORMA QUE ATINJAM AS OFENSAS EM SUA QUEDA
ANTECIPANDO A SURPRESA ÁSPERA DE MÍSSEIS CEGOS
E ATENTADOS DE TANTA FÉ QUANTO COVARDIA
LOUCURA QUE AGE AGORA TÃO FRIA, SEM ALARDE E SEM SENTIDO
ANTECIPANDO A SURPRESA ÁSPERA DE MÍSSEIS CEGOS
E ATENTADOS DE TANTA FÉ QUANTO COVARDIA
LOUCURA QUE AGE AGORA TÃO FRIA, SEM ALARDE E SEM SENTIDO
A MORTE PARECE POUCO PARA QUALQUER SONHO PERDIDO
DESDENHA-SE DELE, POBRE FANTASIA
ENQUANTO A ESCURIDÃO DO MUNDO NOS AÇOITA
ENQUANTO A ESCURIDÃO DO MUNDO NOS AÇOITA
E SE ARRASTA EXALANDO MEDO PELOS OLHOS E OUSADIA
PELOS E PELES INCHADAS DE ANIMAIS FAMINTOS
TANTO ÓDIO QUANTO SANGUE NESSA CARNE NUA
FANTASIOSOS SÃO OS DESEJOS QUE A TUDO ENCOBREM
DESAFIAM O DESFIAR DA MORTE ENTRE A FORÇA E O PENSAMENTO
ENTRE A NOITE E O DIA
TANTO ÓDIO QUANTO SANGUE NESSA CARNE NUA
FANTASIOSOS SÃO OS DESEJOS QUE A TUDO ENCOBREM
DESAFIAM O DESFIAR DA MORTE ENTRE A FORÇA E O PENSAMENTO
ENTRE A NOITE E O DIA
SIM, A MORTE PARECE POUCO PARA TÃO POUCOS DESEJOS E FANTASIAS
PARECE SIM TÃO POUCO PARA TANTA INDIFERENÇA
QUE SE BEBE DESDE A INFÂNCIA DOS OPRIMIDOS
QUE SE BEBE DESDE A INFÂNCIA DOS OPRIMIDOS
SIM, A MORTE PARECE SER TÃO POUCO,
POUCO PARA MEXER UM SÓ MÚSCULO DE NOSSA INTOLERÂNCIA INÚTIL
POUCO CASO QUE FAZEMOS DE TODOS OS CASOS, TÃO POUCO
POUCO A VIVER, POUCO A VER, A LAMENTAR, POUCO A SER
POUCO OU NADA A FAZER
POUCO PARA MEXER UM SÓ MÚSCULO DE NOSSA INTOLERÂNCIA INÚTIL
POUCO CASO QUE FAZEMOS DE TODOS OS CASOS, TÃO POUCO
POUCO A VIVER, POUCO A VER, A LAMENTAR, POUCO A SER
POUCO OU NADA A FAZER
OUÇO TIROS, PARTEM DAS PEQUENAS GRADES DA PENITENCIÁRIA
IMAGINÁRIA
QUE CULTIVO NESSE RETIRO DE DÉCADAS DECADENTES
E ORDINÁRIAS
E ORDINÁRIAS
SEI QUE MORREM MUITOS A CADA METRALHAR DE BALAS
E QUE AS PALAVRAS REPETIDAS SEM SENTIDO FEREM
SEI QUE GATILHOS E MIRAS NUNCA SE DERAM BEM
SEI QUE HÁ TENSÕES DEMAIS EM NOSSO DIA A DIA
ESPANTA O SENSO COMUM O TANTO QUE JOVENS BEBEM
E O POUCO QUE SE LÊ E PENSA NESSA PÁTRIA ESCURA
DESEDUCADORA
DESEDUCADORA
VERDADES OBSCURAS, DOBRAS DE PÁGINAS BRANCAS
CONTANDO HISTÓRIAS DE MINHA INFÂNCIA E JUVENTUDE
GRITOS QUE GUARDO NOS BOLSOS FEITO PEDRAS
GOZOS INDISCRETOS E INCERTOS A NOITE INTEIRA
SÓ PENSANDO EM VOCÊ, MEU AMOR, SÓ EM VOCÊ
DENSA NUVEM DE PAZ QUE LUTO PARA NÃO SUCUMBIR AO VENTO
DENSA NUVEM DE PAZ QUE LUTO PARA NÃO SUCUMBIR AO VENTO
APENAS ME PERGUNTO QUE BOCAS FERAS SERIAM AQUELAS
QUE DE MEU CORPO TIRAM LASCAS DE CARNE INÚTIL
E DE CUJAS GARGALHADAS CATO, MAIS QUE FÚRIA
PALAVRAS SUJAS, A IMBECILIDADE DO ÓDIO, A INTOLERÂNCIA
E OLHARES TÃO TRISTES DEPOIS DE TUDO
PALAVRAS SUJAS, A IMBECILIDADE DO ÓDIO, A INTOLERÂNCIA
E OLHARES TÃO TRISTES DEPOIS DE TUDO
ESPÍRITOS INQUIETOS ESPANTAM SUAS PRÓPRIAS CAÇAS
DESOBEDIENTES AOS TOQUES DE SILÊNCIO
ARDEM JOELHOS E COSTAS ACOSTUMADAS A TANTA VÊNIA
ARDEM JOELHOS E COSTAS ACOSTUMADAS A TANTA VÊNIA
NEM TODA REBELDIA SERVE, MUDA, NEM TODO GESTO CRIA
EMBORA A COVARDIA CULTIVE SEU PÉ DE ALFACE
RISCO DE ENGOLIR SEMPRE O RISO DO INIMIGO
RISCO DE ENGOLIR SEMPRE O RISO DO INIMIGO
IR EMBORA, IR EMBORA, XINGAR, NADA VALE NADA
TAMPOUCO VALE SEQUER UM TANTO, UM POUCO
QUE VALHA A DOR DE CADA GRITO
O TRISTE DE CADA DESISTÊNCIA EM VIDA E
FICAR, FICAR, EM CADA OBSTÁCULO UM DESAFIO
AMAR O PRÓXIMO COMO SE PORVENTURA AMASSE A SI MESMO
LUTA DE AMOR, ANA
EM CADA TRINCHEIRA UM BREVE ENCANTO, SEM AGONIA.
JBA 12-18/julho\2016
TAMPOUCO VALE SEQUER UM TANTO, UM POUCO
QUE VALHA A DOR DE CADA GRITO
O TRISTE DE CADA DESISTÊNCIA EM VIDA E
O DESESPERO DE QUALQUER PALAVRA PERDIDA
O GRITO DE DOR DE CADA GESTO INFAME,
O HORROR
O GRITO DE DOR DE CADA GESTO INFAME,
O HORROR
AMAR O PRÓXIMO COMO SE PORVENTURA AMASSE A SI MESMO
LUTA DE AMOR, ANA
EM CADA TRINCHEIRA UM BREVE ENCANTO, SEM AGONIA.
JBA 12-18/julho\2016
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