terça-feira, 1 de março de 2016

Poemas

5 abril 13  FB

Nenhum texto me define, nenhuma magoa me aflige,
Nem eu mesmo sou o que fui
Embora tudo isso seja eu

Nada do que digo me retrata
Nenhum retrato me revela
Sou mais do que eu mesmo penso
So pouco demais pra essa gente

Guardo comigo um pouco de tudo
No bolso amor e boa revolta
Tambem ja fui e estou de volta
Andei certo e tambem a esmo
Sou eu, sou eu, filho de pai e mae
Neto de mim mesmo







fora do lugar
estava sim, tudo fora

tudo estava fora do lugar

havia sim, um lugar

mas tudo estava fora do lugar



ando pelo mundo feito cego

vendo coisas que não devia ver

Pois eu sei que tudo estava ali

tudo que procuro estava ali

e agora parece assim

tudo fora do lugar



eu me chamo joão

me chamam de batista

já perdi, fui campeão

até mesmo capa de revista



eu me chamo joão

feito laranja de beira de estrada

eu me chamo qualquer coisa

me chamo era, então



sei que tudo está fora

tudo fora do lugar




Poema sem fim criado agora:  FB Dez13
LINHA
Qual a força das palavras.
Qual o medo, então.
Qual o caminho, quando se está perdido.
Qual o falso, qual o verdadeiro irmão.

Quem disse a primeira palavra.
Quem chorou a primeira lágrima.
Quem mamou o primeiro leite.
Que me roubou a paz.

Com quem andei os primeiros passos.
Com que garfo a primeira carne.
Com quem dormi a primeira noite.
Com quem sonhei e no entanto perdi.

Que sonhos que sonhos que sonhos.
Desditas são vendidas por quilo.
Em que supermercado se vendem vidas.
Quando enfim termina o mundo.

Atravessei enfim a primeira porta.
Cursei imenso corredor.
Corre água imensa por todo lado.
E sofrimento é coisa atoa.

Quem me deixou beira estrada.
Que nome dei para essa alegria.
Quando enfim me aproximei da morte.
E o dia em que beijei a namorada.

Qual o desafio maior de minha vida.
Pergunte a cor ao homem da viola.
Chore tanto que apague o fogo.
Nunca lamente dos que criaram a dor.

Já que aqui estamos querida.
Já que a vida nunca começa.
Apanhe tudo o que possa.
Banhe-se nas poças de sangue.

Gritar apenas espanta.
Chorar apenas desmancha.
Saudade se come feito alface.
Beijo na boca só de linguiça.

Dinheiro no bolso, nunca festeje.
Raspar a cabeça no necrotério.
Beijar a mão do soberano.
Soprar as velas do desencanto.

Quando empurram tudo de dentro.
Quando lá fora é tão pequeno.
Pergunte sempre ao vaqueiro.
No frio o calor é só um espanto.

Céu estrelado é sinal de vida.
Mar estriado é mando do vento.
Peixe que anda, nada, nada.
Mulher que sonha procura marido.

Linha que encontra agulha.
Tinta contra a parede.
Desejo constrói seu ninho.
Coragem, ah nem sempre é vantagem.

Sigo a trilha dessa onça.
Cansado de borboletar.
O mundo, pra que serve o mundo.
Melhor seria poder voar.

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