terça-feira, 1 de março de 2016

poemaUTOPIA

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utopia

Penso nas palavras que terminam em “ia”
São belas: alegria, fugia, algaravia
Mas nenhuma delas me encanta tanto
Como a utopia
Bebo da vida delirante de Saint Simon,
E da miséria de Fourier
Owen, Thomas Morus
Falanstérios, comunismo
Loucuras impossíveis de mel e fel
A vida, no entanto, segue seu destino próprio
Alheia a tais alienistas
Vale tudo: o jogo, a fúria, a traição
Vale devorar o próximo
E subir na vida.
Penso na grama que pisaram esses loucos
Penso em suas miradas críticas ante a miséria
Penso em suas agruras em busca da alegria
Ah palavra, ah utopia!

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