segunda-feira, 21 de março de 2016

amor

AMOR
(para Ana)

Pedra que rola em nosso abismo
Frêmito indescritível
Fé que se apossa do corpo
Espanto tamanho, riso
Desejo que silencia
Espasmos delirantes
Carregados de utopia

O amor, querido abismo
De nosso destino incerto
Seiva de árvores frutíferas
Nódoas que assustam
E no entanto mais festejam
Como risos de feras escondidas.

Vontade de voar
Na escuridão da prece
Desejos de se anular
No esplendor do medo
No calor de teu corpo intenso
Mais que tudo, toda nossa vida.

Trago no peito o desconcerto
Danço no espaço estreito
Cores, volúpias que busco ouvir
Ver, tocar, sal de peles delicadas
Chamados, arcos iris de beijos
Suspiros que surgem da lava incandescente!

O amor,
Jamais exija dele o que mais queres
Cuida de nunca o expor aos perigos
Desvia dele os caminhos de risco!

JBA 21\março\2016  18:35 hs

Nenhum comentário: